Na semana passada, contei para vocês sobre a importância de manter o equilíbrio entre saborear a vida e escolher diariamente hábitos positivos para manter a saúde e o bem estar. E como faz isso na prática? Comendo muito bem! E para comer bem de verdade, cozinhar é preciso.
O primeiro passo que toda pessoa que quer cozinhar bem deve dar ao percorrer o caminho de sua própria cozinha criativa é compreender sabores, texturas e sensações básicas para equilibrá-los e criar um prato delicioso. É assim tão simples - e tão difícil porque é preciso prestar atenção as possibilidades e combinações dos ingredientes. Os vários componentes diferenciados que compõem o sabor podem ser combinados em padrões infinitos, criando uma sinfonia de sabores felizes, ou algo muito mais agradável.
Ao cozinhar um novo prato, pense em como estruturar o sabor dos ingredientes. Tenha em mente como equilibrar, aprimorar e fazer uma interação uns com os outros. Uma vez que um ingrediente principal é selecionado, sabores e texturas secundários são escolhidos para realçar o componente principal do prato ou obter o objetivo desejado.
A regra de ouro é: qualquer ingrediente que não eleve ou harmonize com o sabor principal não deve ser considerado. Agora a questão é, como escolher sabores complementares, especialmente ao cozinhar?
Apesar de existirem combinações infinitas de ingredientes, nossa papilas gustativas conseguem perceber 4 sabores básicos: doce, salgado, ácido e amargo. Os sabores são óbvios separadamente, mas o truque está em combinar os componentes de sabor. A essência é balancear esses 4 sabores para criar uma harmonização deliciosa. Quando você aprende isso, a cozinha vira um laboratório de experimentos e aparece um novo mundo delicioso. O problema é que constantemente buscamos receitas e fórmulas certas nos livros de receita.
Não nós perguntamos o que gostamos. Qual o nosso gosto?
Me lembro de quando o Bruno (marido cervejeiro e padeiro) começou a fazer cerveja em casa: era uma parafernália gigantesca e eu não entendia porque ele estava tão obstinado em fazer algo que demorava no mínimo 30 dias de fermentação para provar e ver se tinha dado certo ou não. A resposta dele foi simples: eu quero fazer a melhor cerveja do mundo para mim. E ela podia não ser a cerveja favorita de outra pessoa, mas tudo bem. Seria para ele.
Eu vejo o ato de cozinhar dessa forma: fazer a melhor combinação de ingredientes para mim. Não é simplesmente seguir uma receita. É saber discernir seu paladar, é prestar atenção, estar no presente, sentir e identificar os gostos do que está preparando. Isso já faz uma grande diferença.
Quais são as combinações dos gostos básicos que você gosta? O que você sente?
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